A Máscara Caiu: Patriotas de Fachada e os Impactos da Taxação do Aço Brasileiro
Vivemos um momento em que as contradições de certos discursos finalmente se revelam. Com a recente taxação sobre o aço brasileiro imposta pelos Estados Unidos, que ameaça diretamente milhares de empregos no Vale do Aço, em Minas Gerais, ficou evidente quem de fato defende o Brasil — e quem só vestia a fantasia do patriotismo. Diante desse cenário, cabe a pergunta: E agora? Quero ver se o seu Bolsonaro, o seu Tarcísio e o seu Nikolas vão continuar usando o boné do “MAGA” — símbolo do trumpismo, movimento conservador americano ao qual esses personagens sempre foram subordinados ideologicamente. Se os Estados Unidos estivessem invadindo o Brasil, não tenho dúvida: Bolsonaro estaria ao lado deles. Essa é a lógica de quem nunca teve compromisso com a soberania nacional. Ao longo de seu governo, Bolsonaro se alinhou sistematicamente com os interesses estrangeiros, especialmente dos EUA, mesmo quando isso significava prejuízos econômicos e diplomáticos para o Brasil. Enquanto isso, o que ele oferecia ao povo brasileiro? Lacração e gracinha — performances vazias para redes sociais, sem qualquer resposta concreta às necessidades dos trabalhadores. Agora quero ver se ele vai ter coragem de aparecer no Vale do Aço, em Minas, para explicar aos operários e suas famílias por que o aço que eles produzem está sendo taxado pelo mesmo modelo econômico que ele tanto exaltou. Historicamente os Estados Unidos têm recorrido a medidas protecionistas como ferramenta estratégica para preservar sua indústria e influenciar a balança comercial global. Desde o século XIX, com a Tarifa Morrill (1861), passando pelas tarifas impostas durante a crise de 1929 (Smoot-Hawley), até as mais recentes sanções comerciais sob os governos de Donald Trump e Joe Biden, o protecionismo norte-americano demonstra que, na geopolítica, não há espaço para ingenuidade: cada país defende seus próprios interesses. O Brasil, ao alinhar-se de forma submissa a essa lógica — como fez o governo Bolsonaro —, abriu mão da defesa ativa de sua indústria e de sua política externa soberana. A atual taxação do aço é apenas mais um capítulo dessa história, que expõe os riscos de seguir ideologias externas sem projetar os interesses nacionais. O patriotismo deles era só marketing. Uma encenação. Agora a máscara caiu. Esses falsos patriotas, que venderam ao povo a ilusão de uma defesa incondicional do Brasil, mostram sua verdadeira face diante da crise: são nacionalistas apenas quando isso rende curtidas, votos e palanque. Quando se trata de defender a indústria nacional, os empregos brasileiros e a soberania do país, somem ou se calam. Nós, que construímos a luta popular e democrática no Brasil, precisamos reafirmar um projeto de país que esteja de fato comprometido com os interesses do nosso povo, com a reindustrialização soberana e com a autonomia frente às potências estrangeiras. O que está em jogo não é apenas o aço de Minas Gerais — é a dignidade nacional. Chico Zé
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7/10/20251 min read


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